Mangueira define samba-enredo para carnaval de 2026
A Estação Primeira de Mangueira anunciou, na madrugada deste domingo (28), o samba que levará para a Marquês de Sapucaí no carnaval 2026. A parceria de Pe...

A Estação Primeira de Mangueira anunciou, na madrugada deste domingo (28), o samba que levará para a Marquês de Sapucaí no carnaval 2026. A parceria de Pedro Terra, Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes, Paulo César Feital, Herval Neto e Igor Leal, com o Samba de número 15, levou a melhor na disputa e será o hino da agremiação no próximo carnaval. A Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, que mergulha na história afro-indígena do extremo Norte do país a partir das vivências de Mestre Sacaca. O enredo, assinado por Sidnei França, marca o início do triênio do centenário da agremiação. Com a quadra lotada, a Nação Verde e Rosa acompanhou o show inédito “Mangueira, a cara do Povo”. E, na sequência, as quatro parcerias finalistas se apresentaram. Cada grupo levou torcida organizada para acompanhar de perto a disputa. Neste ano, a escola recebeu 22 sambas concorrentes: seis vindos do Amapá, onde uma delegação da Mangueira esteve para selecionar os finalistas locais, e 16 no Rio de Janeiro. Dois deles chegaram à fase final. Compositores do Samba 15, vencedor do concurso da Mangueira 2026 Gea/divulgação Confira a letra: Finquei minha raiz No extremo norte onde começa o meu país As folhas secas me guiaram ao turé Pintada em verde-e-rosa, jenipapo e urucum Árvore-mulher, mangueira quase centenária Uma nação incorporada Herdeira quilombola, descendente palikur Regateando o amazonas no transe do caxixi Corre água, jorra a vida do oiapoque ao jari Çai erê, babalaô, mestre sacaca Te invoco do meio do mundo pra dentro da mata Salve o curandeiro, doutor da floresta Preto velho, saravá Macera folha, casca e erva Engarrafa a cura, vem alumiar Defuma folha, casca e erva... Saravá Negro na marcação do marabaixo Firma o corpo no compasso Com ladrões e ladainhas que ecoam dos porões Ergo e consagro o meu manto Às bençãos do espírito santo e são josé de macapá Sou gira, batuque e dançadeira (areia) A mão de couro do amassador (areia) Encantaria de benzedeira que a amazônia negra eternizou No barro, fruto e madeira, história viva de pé Quilombo, favela e aldeia na fé De yá, benedita de oliveira, mãe do morro de Mangueira Ouça o canto do uirapuru Yá, benedita de oliveira, benze o morro de Mangueira E abençoe o jeito tucuju A magia do meu tambor te encantou no jequitibá Chamei o povo daqui, juntei o povo de lá Na estação primeira do Amapá